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Foto do escritorAbaré Jornalismo

A Abaré quer ser mais inclusiva

Após quase dois anos de fundação, a Abaré está focada em debater a inclusão de PCD’s


A Abaré surgiu há quase dois anos e nossas últimas atividades foram pautadas pelo debate da diversidade. A conversa sempre esteve presente em nosso grupo desde a época da Ufam (Universidade Federal do Amazonas). Depois, em nossos trabalhos pessoais essa pauta foi constante.


Em maio deste ano fizemos a segunda edição do levantamento “Jornalistas manauaras em meio à pandemia”, totalmente focado em recortes de gênero, raça e sexualidade.


Depois, em junho, publicamos a segunda edição do podcast “Não deixa em Off”, com a pergunta “E quando falta diversidade nas redações?”. Estiveram presentes a repórter Nicoly Ambrósio, o pesquisador Paulo Trindade, a jornalista Maria Paula Santos e o jornalista Átila Simonsen.


Em nenhuma dessas conversas a Abaré falou sobre pessoas com deficiências. Para além disso, nenhuma das nossas atividades (cursos, oficinas, palestras) ou simples publicações incluíram pessoas cegas ou surdas.


Esse problema ficou mais evidente quando, há um mês, a Abaré teve contato com o jornalista e professor Helder Mourão, que nos convidou para pautar o assunto.


A falta de conhecimento e aprofundamento foi escancarada. Essas críticas ocorreram frequentemente nas reuniões que se seguiram.


Decidimos então estabelecer algumas medidas. A partir de agora vamos utilizar a #PraCegoVer em todas as nossas publicações e usar legendas em nossos vídeos. Outra medida, esta mais desafidora, é contratar intérpretes de Libras para nossas atividades.


Estabelecer estas medidas será um desafio porque, como se sabe, a Abaré é feita por integrantes que não recebem recursos. No momento, temos um financiamento da Artigo 19, que mantém assinaturas digitais e necessidades do grupo.


A contratação de intérpretes para nossos eventos é considerada urgente, apesar de vermos a medida como um desafio. No próximo ano, a Lei 10.436/2002, que estabelece a Libras como idioma oficial no Brasil, completa 20 anos. Mesmo assim, o acesso aos eventos culturais e sociais para a população surda ainda é muito limitado.


Queremos fortalecer esse debate, começando por aqui. Depois dessas reflexões, também estamos organizando um especial sobre educação inclusiva em Manaus - para o próximo ano - junto ao professor Helder.


Este editorial é uma crítica à escola, mas também uma retratação. É necessário pedir desculpas por esses quase dois anos em que nossas ações não foram inclusivas e se fecharam em uma bolha da qual queremos fugir.


Também é uma forma de convidar você a colaborar para essa inclusão dentro da Abaré. Caso queira ajudar com ideias, participações ou financiamentos, envie um e-mail: contato@abare.jor.br


Neste texto, foram usadas duas referências:



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